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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Soluções para enfrentar a saturação de Confins.

O aquecimento da economia e a ascensão das classes C e D têm sobrecarregado os aeroportos brasileiros que, em boa parte, já operam acima de sua capacidade, sem investimentos que acompanhem no mesmo ritmo do aumento da demanda. Para enfrentar o problema em Minas Gerais, considerando ainda que a situação tende a se agravar com a realização da Copa do Mundo de 2014, que terá Belo Horizonte como uma de suas cidades-sede, especialistas apontam ações imediatas que visam tanto resultados rápidos quanto de longo prazo.

O assunto foi discutido no “Ciclo Amcham de Desenvolvimento Setorial: Aviação e Infraestrutura Aeroportuária”, realizado pela Amcham-Belo Horizonte na semana passada.

A construção de um segundo terminal no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, com capacidade para 5 milhões de passageiros, é uma dessas sugestões. Consultores contratados acreditam que obra já deveria ter sido iniciada, porém até o momento a Infraero trabalha apenas com a perspectiva de reformar e modernizar o terminal já existente.

Outras propostas dizem respeito a uma melhor gestão do embarque, aumento da capacidade de processamento dos balcões de check-in, ampliação da utilização do sistema de auto-atendimento, agilização do desembaraço aduaneiro e alfandegário, e compatibilização entre horários de voos e capacidade de infraestrutura, sem comprometer a conveniência do passageiro. Estas iniciativas, afirma Mário Jorge Fernandes de Oliveira, superintendente regional Sudeste da Infraero, já vêm sendo encaminhadas.

Cenário
O Aeroporto Tancredo Neves receberá 7,5 milhões de passageiros em 2010 e esse volume tende a saltar para 8 milhões em 2011, ultrapassando a capacidade do terminal. Os números, apresentados por Luiz Antônio Atayde, subsecretário para Assuntos Internacionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, reforçam a urgência do encaminhamento rápido de soluções, independentemente de projeções de aumento de fluxo por conta da Copa.

José Mário Caprioli, presidente da TRIP Linhas Aéreas, também apresentou projeções que mostram a urgência de ações. De acordo com ele, a cada 1% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), há uma alta três vezes superior sentida pela aviação civil brasileira.

A adesão de representantes das classes C e D a essa forma de transporte, sinal positivo de aumento do mercado consumidor, é outro componente que agrava o quadro. Considerando o país como um todo, estimativas apontam que nada menos que dez milhões de brasileiros desse segmento, que nunca viajaram de avião antes, começarão a fazê-lo a partir de 2011, estimulados por pacotes atrativos e ações direcionadas diretamente a eles.

“É preciso pegar na mão do cliente e colocá-lo no avião com toda segurança, para que ele tenha uma boa experiência e crie o hábito de viajar de avião”, declarou Pedro Janot, CEO da Azul Linhas Aéreas.

“O crescimento da demanda no setor aéreo é uma realidade. Temos um problema hoje em relação à capacidade dos aeroportos, pois a maioria dos principais terminais brasileiros já trabalha acima da capacidade e os investimentos não têm conseguido acompanhar a demanda”, concluiu Carlos Alvares da Silva Campos Neto, coordenador de Infraestrutura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).

Fonte: Amcham Brasil, Assessoria de Imprensa

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