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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Azul alinha rota de voo no mercado regional.


Ao atingir cinco milhões de passageiros transportados, companhia aérea impõe meta de alcançar os 10 milhões até 2014 - No dia em que anunciou ter atingido a marca de 5 milhões de passageiros transportados no Brasil, a Azul informou sua próxima meta, ter 10 milhões de passageiros em quatro anos.

Para a direção da companhia, fundada no final de 2008 por David Neeleman, um entusiasta da aviação mundial, o objetivo não parece difícil. O diretor de marketing e comunicação, Gianfranco Beting, citou o crescimento do mercado brasileiro no patamar atual, de dois dígitos por ano, como um aliado. “A aviação nacional tem uma demanda ainda reprimida. Hoje, há cidades sem voos regulares e a estratégia da Azul é justamente entrar em mercados fora dos grandes centros. Nossa expansão está baseada nisso e o mercado chamado regional é muito promissor, o grande filão para as companhias aéreas no Brasil”, disse Beting.

A Azul trabalha com um mercado de 180 milhões de passageiros entre 15 a 20 anos. Hoje, no país, o movimento no transporte aéreo chega a 60 milhões de clientes. A Azul, que tinha uma frota somente de aviões Embraer da família 190, comprou 40 turbohélices da francesa ATR. As aeronaves, segundo Betting, irão operar em cidades médias para abastecer as linhas troncos da Azul nos aeroportos considerados hubs para a empresa. “É uma estratégia muito diferente dos nossos concorrentes.

Crescemos com aviões menores e em cidades em que hoje não há voos regulares. Somente com a compra dos ATRs tivemos que encomendar mais jatos da Embraer para sustentar o aumento no número de passageiros com a operação dos turbohélices”, explicou. Os ATRs começam a chegar na Azul no final de 2011 e a companhia já estuda junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a operação em 50 novas cidades. “Hoje, estamos presentes regularmente em 24 destinos no Brasil e as novas rotas deverão ser atendidas tanto pelos EJ-195 como pelos ATRs. São localidades que não tinham voos regulares”, disse Beting.

Em agosto, a Azul obteve 6,3% de participação no mercado doméstico, ficando atrás apenas da Tam Linhas Aéreas, hoje a líder de mercado, e da Gol Linhas Aéreas. As duas juntas têm cerca de 90% de todo o transporte aéreo nacional. Mesmo nesse mercado já definido, a expectativa da Azul é que atinja a lucratividade em 2011.

Segundo Beting, há uma máxima na aviação de que o lucro chega com uma operação de no mínimo 26 aeronaves. “Vamos chegar a uma frota de 26 jatos já neste ano. Então, estimamos que é factível chegarmos ao azul em 2011. Hoje, estamos muito tranqüilos em relação ao caixa. Estamos capitalizados, pois, além de um capital inicial de US$ 230 milhões, nossos investidores podem aportar mais recursos na companhia. Estamos preparados para a concorrência e para o mercado.” Beting destaca investimentos em entretenimento de bordo.

A Azul deve iniciar no final deste ano a transmissão de TVs em suas aeronaves. Segundo o executivo, até o primeiro semestre, os conteúdos deverão ser gravados e com a tecnologia instalada, os passageiros terão acesso à TV aberta. “Essa é uma vantagem competitiva que teremos para alcançar nossos objetivos.

Os investimentos nessa tecnologia é alto, mas acreditamos que ela se paga em pouco tempo.” “A aviação nacional tem uma demanda ainda reprimida. Hoje, há cidades sem voos regulares e a estratégia da Azul é justamente entrar em mercados fora dos grandes centros”

Fonte: Brasil Econômico

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