A reconstituição da chacina ocorrida em Doverlândia (GO), no dia 28 de abril, terminou em tragédia na tarde de ontem. O helicóptero da Polícia Civil que participava da ação caiu com oito pessoas a bordo, incluindo o principal suspeito do crime, Aparecido Souza Alves, 22 anos. Apesar de a Polícia Civil ter confirmado a morte das oito vítimas, até as 22h de ontem a Polícia Militar, que participava do resgate, informou ter encontrado apenas dois corpos - um deles dentro da aeronave, carbonizado, e ou outro, do lado de fora, com a cabeça decepada. Entre as vítimas, estavam cinco delegados de polícia e dois peritos criminais.
O helicóptero, que voltava de Doverlândia para a capital Goiânia, caiu em uma fazenda, a 21 quilômetros do município de Piranhas e a cerca de 15 quilômetros da BR-158. Os integrantes da equipe policial tentavam reconstituir a noite em que sete pessoas morreram degoladas em uma fazenda da região. Com a queda do helicóptero, o caso soma 15 mortos, em 10 dias. A Secretaria da Segurança Pública e Justiça de Goiás divulgou, na noite de ontem, os nomes das pessoas que embarcaram no voo. Os cinco delegados são: Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, superintendente de Polícia Judiciária da PC de Goiás; Osvalmir Carrasco Melati, chefe do Grupo Aeropolicial e piloto; Bruno Rosa Carneiro, chefe adjunto do Grupo Aeropolicial e copiloto; Jorge Moreira da Silva, titular da Delegacia Estadual de Roubos e Furtos de Carga; e Vinícius Batista da Silva, delegado de polícia de Iporá. As outras vítimas foram os peritos Marcel de Paula Oliveira, de Iporá; e Fabiano de Paula Silva, de Quirinópolis.
Em nota oficial, o Governo de Goiás decretou luto oficial de três dias. O governo lamentou profundamente a morte dos delegados e servidores e afirmou que "Goiás perde profissionais de altíssimo valor". O helicóptero AW-119 Koala caiu às 16h30, meia hora depois de ter saído de Doverlândia. O horário da queda foi informado pelo Grupo Tático 3 da Polícia Civil. O grupo seria responsável por embarcar e desembarcar o preso da aeronave, enquanto ocorria a reconstituição. A aeronave era uma das duas utilizadas nos trabalhos de reconstituição da chacina e, segundo a assessoria da Polícia Civil, passou por uma revisão técnica na segunda-feira, um dia antes do acidente. O helicóptero operava com a capacidade máxima de pessoas a bordo. A Polícia Civil não apresentou suspeitas sobre a causa do acidente, que deverá ser informada após laudo pericial.
Fonte: Jetsite
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