A GOL, maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, apresentou lucro líquido de R$110,0 milhões no terceiro trimestre de 2010 (3T10). O resultado é 41,2% maior do que os R$77,9 milhões do mesmo período do ano passado e é atribuído principalmente ao crescimento da demanda, estimulada pela política de baixas tarifas da companhia, a valorização do Real frente ao Dólar e a redução de custos com frota.
A receita líquida da GOL ficou em R$1,8 bilhão no trimestre, superando em 19,5% os R$ 1,5 bilhão do 3T09 e 12,5% maior que os R$1.6 bilhão contabilizados no 2T10. Já o lucro operacional da companhia (EBIT) totalizou R$189,2 milhões, com margem de 10,5%. Um aumento de 88,9% em relação ao mesmo trimestre de 2009 e uma melhoria de 3,8 pontos percentuais em sua margem operacional, enquanto em relação ao 2T10 o ganho representou uma diferença de 226,9%, com 6,9 pontos percentuais a mais em sua margem operacional.
“O resultado reflete o crescimento da demanda nos mercados doméstico e internacional e nosso foco contínuo na redução de custos operacionais. Continuamos nossa trajetória de crescimento consistente, baseada em uma operação cada vez mais robusta e uma filosofia de baixos custos e baixas tarifas, focada no mercado doméstico brasileiro”, comenta Constantino de Oliveira Junior, presidente da GOL.
O EBITDAR, lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves, atingiu R$380,9 milhões, com margem de 21,3%), 27,5% acima dos R$298,7 milhões do 3T09 (margem de 20,0%), e 38,9% acima dos R$274,2 milhões registrados no 2T10. O total em disponibilidades (caixa e aplicações financeiras) encerrou o trimestre em R$1,77 bi, um aumento de 11,2% em comparação ao 2T10, e de 166,7% em comparação ao 3T09. Nesse contexto, a GOL apresentou um saldo em caixa de 26,3% da receita líquida dos últimos 12 meses, acima de seu objetivo inicial para 2010 de ter um saldo de caixa de pelo menos 25%.
Em julho, a GOL realizou uma emissão de Notas Seniores no exterior no montante de USD300 milhões, com vencimento em 2020 e taxa de juros de 9,25% ao ano. Os recursos estão sendo destinados principalmente para o pagamento das linhas de capital de giro e demais dívidas que vencerão nos próximos três anos. No final do terceiro trimestre de 2010, a GOL também anunciou a 4ª Emissão de Debêntures Simples Não-Conversíveis da VRG Linhas Aéreas S.A. (sua unidade operacional) com esforços restritos para captação de R$600 milhões que foram utilizados para o pagamento das debêntures de 3ª Emissão no valor de R$378 milhões, para fins de capital de giro e pagamento a fornecedores. Tais operações são parte da estratégia de desalavancar o balanço patrimonial por meio da geração de caixa operacional, alongar compromissos financeiros visando aumentar sua poder de recuperação financeiro e dar suporte a um crescimento operacional consistente.
A Companhia apresentou 23% de crescimento da demanda em sua malha aérea, aumentou seu resultado operacional em 89% e reduziu seus principais indicadores de alavancagem financeira em comparação ao mesmo período de 2009. “São dados que refletem os três pilares da estratégia de crescimento que geram um ciclo virtuoso de crescimento sustentável, em que os Gestores e Conselheiros da GOL acreditam ser a melhor alternativa para o setor aéreo brasileiro: foco em estimular a demanda, com melhoria consistente de seus indicadores de rentabilidade e endividamento”, explica o presidente da GOL.
Mesmo com a crescente demanda, no terceiro trimestre de 2010, os yields da GOL atingiram R$19,37 centavos, aumento de 2,4% na comparação ao mesmo período de 2009. Em comparação ao 2T10, a queda de 7,2% é sazonal, uma vez que o terceiro trimestre apresenta maior participação dos passageiros que viajam a lazer e reagem a estímulos de tarifas, enquanto que no segundo trimestre os passageiros que voam a negócios e compram com menos antecedência, geram yields maiores, porém com taxas de ocupação mais baixas.
A taxa de ocupação doméstica da GOL no 3T10 atingiu 71,1%, 3,5 pontos percentuais acima dos 67,6% do 3T09 e 9,7 pontos percentuais acima dos 61,4% do 2T10. A taxa de ocupação internacional da companhia cresceu 21,2 pontos percentuais na comparação entre o 3T10 (72,2%), e 3T09 (51,1%). Em comparação ao 2T10, a GOL registrou aumento de 13,2 pontos percentuais (72,2% e 59,1% no 3T10 e 2T10, respectivamente).
Mesmo com aumento da capacidade em 13,5% entre o 3T10 e 3T09, o RASK (receita por quilômetro voado) apresentou aumento de 5,3% devido ao aumento do yield em 2,4%, e da taxa de ocupação em 5,6 pontos percentuais, passando de R$14,65 centavos no 3T09 para R$15,43 centavos no 3T10. Em comparação ao RASK de R$14,39 centavos do 2T10, houve aumento de 7,2% devido ao aumento de 10,1 pontos percentuais na taxa de ocupação entre os períodos.
Os custos operacionais por ASK (CASK) totalizaram R$13,81 centavos no 3T10 contra os R$13,68 centavos registrados no 3T09, aumento de 0,9% entre os períodos. Desta forma, no 3T10 houve diluição dos custos por ASK quando comparado às variações nominais, devido ao aumento combinado de 13,5% em capacidade, 5,3% na taxa de utilização das aeronaves e 2,7% na etapa média de voo, de forma a preparar a malha aérea da GOL para a alta temporada do quarto trimestre do ano. Em comparação ao 2T10, o CASK apresentou redução de 0,4%.
Além disso, no terceiro trimestre de 2010, a GOL iniciou operações em Montes Claros, a maior cidade no Norte de Minas Gerais, totalizando 52 destinos no Brasil, além de 12 mercados internacionais na América do Sul e Caribe. Em setembro de 2010, a unidade de negócio de cargas da GOL, a GOLLOG, inaugurou um novo terminal na área aeroportuária de Congonhas, em São Paulo. O terminal facilita o embarque e desembarque de cargas e o acesso dos clientes com as instalações mais espaçosas e melhor localizada. A receita de cargas contribui cada vez mais às receitas auxiliares, e apresentou um crescimento em sua receita de 128% quando comparado ao 3T09.
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